Imagine que sua casa tem um porteiro muito atento. Toda vez que alguém chega, ele verifica quem é, para onde vai e o que pretende fazer lá dentro. Se for alguém de confiança, ele abre a porta. Se for um estranho com intenções suspeitas,e ele barra a entrada. Assim funciona mais ou menos um firewall, só que no mundo digital. Ele é como um vigilante que protege seu computador, celular e/ou redes de conexões indesejadas, garantindo que só o que é seguro tenha permissão para entrar/sair.
Você já parou pra pensar em quantas vezes por dia seu dispositivo se conecta à internet? Desde abrir um e-mail, compras online, etc. Essas ações envolve trocas de dados (como pequenos pacotes de informações que viajam entre sua máquina e servidores mundo afora). O firewall fica de olho nesses pacotes. Ele filtra e analisa de onde vêm, para onde vão e o que contêm, usando regras pré-definidas (por você ou por padrões de segurança) para decidir o que é permitido ou não. Se algo parecer fora do normal, como uma tentativa de acesso não solicitada, ele bloqueia na hora.
Existem dois tipos de firewall principais, embora a diferença seja simples. O primeiro é como um equipamento físico, parecido com o seu roteador de internet. Ele protege toda a rede de uma casa/empresa, filtrando o tráfego antes que chegue aos dispositivos conectados nele. O segundo normalmente, é um programa instalado diretamente no seu dispositivo, agindo como uma camada extra de segurança. Muitas vezes, os dois trabalham juntos como segurança particular, como uma dupla: Um cuida da porta da frente e outro fica colado em você.
Mas qual é a importância? A internet não é um parquinho totalmente seguro. Existem pessoas de má fé, vírus, sites com práticas de phishing, ransomwares, programas disfarçados, etc. O firewall age desta forma, identificando movimento suspeito, cortando o acesso antes de acontecer o estrago.
Claro, um firewall não é invencível. Assim como teu porteiro pode errar ao julgar alguém, ele também pode barrar algo útil ou, raramente, deixar passar uma ameaça (é nesses momentos que entram a Engenharia Social). Por isso, ele geralmente funciona em conjunto com um antivírus, criptografia e ferramentas. Juntos, forma um sistema de defesa mais robusto. E hoje em dia, muitos firewalls, com o avanço de tecnologias, estudos, correções de vulnerabilidades, atualizações e principalmente com a chegada de Inteligência Artificial, reduziu falhas e aumentou em termos de eficiência.
No final das contas, usar um firewall é como trancar a porta de casa. Não garante que ninguém vá entrar, mas dificulta muito a tentativa de invasão. E atualmente, nessa era digital, onde os dados valem ouro, NÃO SE APEGUE a ferramentas, antivírus e firewalls; ESTUDE e entenda o funcionamento para VOCÊ ser sua própria barreira.
Exemplos de Firewalls (e como ser sua própria barreira)
Pense nos firewalls como defensores variados: alguns já vêm de fábrica, outros você contrata, etc. O Windows Defender Firewall, por exemplo, já vem instalado junto com o sistema operacional Windows 10 em diante, agindo de forma discreta (ou NÃO). Já o Norton 360, Bitdefender são AVs (siglas para Antivírus) particulares, com recursos extras, verificação de links, arquivos, sites em tempo real. Para redes maiores, opções como Cisco ASA (firewall físicos para empresas) ou até mesmo o pfSense, um sistema gratuito e customizável para quem curte ter o controle total. Até seu roteador de internet tem um firewall (básico, mas tem!), que bloqueia conexões óbvias sem muito esforço.
Mas ai é que está: nenhum firewall é escudo mágico. Imagina você comprar a melhor fechadura do mundo, mas deixa a janela aberta. Não vai adiantar de nada! Para reduzir as tentativas, você precisa ser sua própria linha de defesa.
Como? Comece desconfiando do óbvio. Se um e-mail promete um prêmio milionário se clicar num link, o firewall pode até barrar, mas se você mesmo abrir a porta clicando, o problema já começou. VOCÊ é quem decide se entrega a chave ou não. Outro exemplo, instalar programas de lojas/sites não confiáveis. O seu firewall pode até te alertar, mas se você insiste em ignorar os avisos, está abrindo um brecha pra vírus.
Não dependa de firewalls e antivírus! Atualize TUDO. Sistemas operacionais, programas, roteadores, etc. Atualizações corrigem brechas que nem o firewall mais avançado consegue tapar. Links, anexos, mensagens de remetente desconhecidos, trate como um envelope com pó branco: NÃO ABRA. Use senhas fortes e autenticação 2FA. Mesmo que alguém consiga burlar os firewalls e antivírus, uma senha complexa e código extra no teu celular pode salvar o dia.
Evita redes de Wi-Fi público para coisas importantes (brincadeira favorita pra os Crackers iniciantes). Usar internet de aeroportos, cafés sem proteção mínima é como contar segredo no meio da rua. Então USE pelo menos uma VPN, o firewall local pode não está do seu lado.
Monitore dispositivos conectados. Desliga cameras, internet, TVs ou gadgets que não está usando. Quanto menos portas abertas, menos convites.
Faça backups, se tudo falhar, ter cópias dos seus dados (Claro, de preferência fisicamente NÃO conectados.) é como ter um plano de fuga.
Por fim, lembre-se: firewalls são ferramentas e não milagres. Eles dependem de como você os configura e do que você permite. Se baixar um arquivo suspeito e colocar ele na lista de "permitidos" do firewall, é como convidar um fantasma pra dentro de casa e depois reclamar que a cruz na parede não funcionou rsrs.